Porque eu uso o Rdio ao invés de piratear?

Há seis meses eu decidi mudar de sistema operacional, porém o número de músicas que tinha era imenso. Agora, quem disse que eu escutava 10% delas? Bem, por tal motivo (e alguns outros, como preguiça de fazer backup) acabei formatando o computador e joguei fora aquela biblioteca que montei durante uns 4 anos.

Já no Ubuntu, obviamente, em algum momento eu teria que arranjar músicas para ouvir. Ao invés de baixá-las novamente, comecei a usar o Grooveshark. É aceitável, tem uma grande quantidade de músicas (Beatles não, mas esses só na iTunes Store), porém existiam alguns problemas que poderiam ser resolvidos apenas comprando uma conta “premium”, como retirada de anúncios e recursos extras. Além disso, muitas músicas do serviço possuem baixíssima qualidade e isso irritava muito, como músicas distorcendo quando a caixa de som nem estava no volume máximo.

Biblioteca na Rdio

Biblioteca na Rdio

Foi então que no começo desse ano eu decidi usar a Rdio. Já havia feito um test-drive antes e já conhecia seus prós e contras. Coisas como qualidade, recursos, preço baixo, estabilidade, integração com redes sociais fazem com que o Rdio seja atualmente um dos “queridinhos” de quem quer largar a pirataria. No meu caso não foi exatamente por isso.

A minha atual filosofia é que produtos ou serviços oferecem valor menor, como não possuir extras ou não ter atrativos comparado as versões que percorrem a internet (jogos originais, por exemplo, tem o recurso de multiplayer on-line), não merecem ser pagos. Exemplo disso é a Netflix brasileira, que embora tenha vários recursos práticos, possui catálogo e recursos capados em relação ao dos EUA, o que me faz não utilizar o serviço. Já a Rdio possui um vasto catálogo de músicas, permite integração com redes sociais, quase sempre possui músicas com qualidade boa, aplicativos mobile decentes (até como controle remoto funciona) e a lista continua. Prefiro muito mais pagar os R$ 15 ou R$ 9 do que baixar ou pegá-las com amigos, afinal, antigamente eu tinha que me preocupar se a música não vinha infectada, tinha que checar o bitrate dela, ver se as tags estavam todas corretas (ODEIO TAGS DESORGANIZADAS) e organizar manualmente as pastas pelo Windows.

Antes que algum hater se manifeste, Temos contras do serviço também. Um deles é que algumas bandas não estão no catálogo do Rdio, como Beatles e AC/DC. Uma pena, pois caso queira ouvir alguma música dessas, é preciso recorrer ao YouTube ou Grooveshark. Essas duas eu escutava frequentemente, o que me deu certa raiva na época, porém acabei descobrindo outras excelentes também (algo que o Last.fm me servia há um tempo atrás) e já nem sinto tanta falta delas. Além disso, caso você não use Windows ou OS X, como eu, você não terá acesso as músicas quando ficar off-line (nada que o Wine não resolva, mas…).

A Rdio é uma ótima alternativa para quem sempre pirateou por falta de alternativas comerciais decentes. Isso porque a Rdio é apenas uma alternativa, pois existem outras tantas (Deezer, Spotify, Sonora…) e quem sabe as gravadoras começaram a perceber que esse modelo é uma excelente alternativa ao atual, onde o usuário não ganha nenhum extra comparado a quem baixa músicas ilegalmente. Espero que a industria cinematográfica, um dia, consiga ver com essa opção bons olhos também e não o limite tanto quanto faz hoje.

PS.: Estou de olho na Netflix, porque cada vez mais ela vem melhorando seu serviço aqui no Brasil. Eu sou meio crítico com ela, mas tenho que reconhecer que para quem não tem problemas com o catálogo vale bastante a pena. A comodidade se paga… mas isso é assunto para um post futuro.

PS2.: Isso não é um post patrocinado!